Intervenção de Jerónimo de Sousa, Secretário-Geral, Comício CDU

Dar mais força aos que todos os dias assumem a defesa da produção nacional

Dar mais força aos que todos os dias assumem a defesa da produção nacional

[excerto]

O povo do concelho de Alpiarça tem motivos para voltar a confiar na CDU, confirmando-a, com o reforço da sua votação, como a força indispensável e necessária para a defesa dos mais genuínos interesses das populações do concelho.

O mesmo podemos dizer de Constância e igualmente de Benavente, de onde acabámos de regressar, participando numa iniciativa de apoio à CDU, e onde o ambiente de confiança na renovação do mandato da CDU é manifesto, certos de que a maioria do povo deste concelho o atestará com o seu voto no próximo dia 1 de Outubro!

Confiança na CDU que não é fruto do acaso, decorre da capacidade realizadora da CDU, da qualidade dos seus eleitos e da orientação que enforma o seu projecto – um projecto para servir as populações e não quaisquer outros interesses.

A população deste concelho conhece o nosso trabalho ao longo de décadas. Sabe que foi da CDU a obra gigantesca de dotar Alpiarça de infraestruturas básicas. Conhece o apoio que a CDU e os seus eleitos sempre deram à produção local, as iniciativas que afirmaram e a projecção que deram dessa actividade nas feiras do vinho, ou do melão, ou na Alpiagra. Conhece a relação de cooperação e apoio ao movimento associativo. Conhece a valorização no ordenamento do território com a barragem aqui construída, esse espelho de água que constitui um elemento âncora de outros equipamentos coletivos e de fixação enquanto espaço de fruição e lazer.

Mas a confiança sentida, que nos anima, não pode ser motivo para nos fazer descansar. Porque de hoje até Domingo é preciso continuar a trabalhar empenhadamente para que nenhum voto se perca. É preciso continuar a agir empenhadamente para levar mais longe a ampliação do apoio à CDU e de mobilização para o voto, para assegurar uma CDU mais reforçada, com mais votos e mais mandatos!

(...)

Há muito a fazer para superar as grandes fragilidades e vulnerabilidades que o País apresenta nos mais diversos domínios, nomeadamente no plano da produção nacional.

Temos repetido até à exaustão que a destruição do aparelho produtivo, a entrega das principais alavancas do desenvolvimento económico ao capital estrangeiro, a destruição de milhares de empregos, resultam num País mais pobre, mais dependente, menos soberano.

Ora, o que é preciso é a definição de uma política e a adopção de medidas que promovam a produção nacional, o aproveitamento dos recursos existentes e o desenvolvimento económico.

Desde logo na adopção de um programa que vise a soberania alimentar, respondendo a aspectos essenciais das necessidades nacionais com a consideração da agricultura, pecuária, floresta e pescas como produções estratégicas.

Vejamos o exemplo desta região.

Os campos da Lezíria e do Vale do Sorraia são dos melhores do país para a produção agrícola e pecuária. Cereais com grande produtividade, designadamente o arroz e o milho. Bom vinho. Bom tomate. Bom melão.

Mas aos produtores, designadamente aos pequenos e médios, aos rendeiros e seareiros, aos que se levantam de madrugada para regar os campos, a seguir à festa das colheitas, seguem-se sempre as dores de cabeça com as contas e com o escoamento.

Aqui se sentem os problemas dos elevados preços dos factores de produção (sementes, adubos, pesticidas, combustíveis e energia, maquinaria agrícola), alguns dos quais ao dobro dos preços que se praticam na vizinha Espanha, e as dificuldades de escoamento da produção a preços justos e compensadores.

Os produtores não podem ser as vítimas sacrificadas no altar dos lucros das grandes cadeias de distribuição.

Como se entende que os produtores de batata tenham recebido, este ano, quando conseguiram vender a sua produção, 10 cêntimos ou menos por quilo. E os produtores de tomate, 7 cêntimos e meio. E os produtores de melão 15 cêntimos. E os produtores de arroz 30 cêntimos por quilo.

Sem uma acção determinada para assegurar preços justos à produção e apoios dirigidos aos pequenos e médios agricultores, aquilo a que continuaremos a assistir é ao abandono forçado, juntando-se às 400 mil explorações agrícolas que deixaram de existir desde a entrada da PAC em Portugal.

Dar mais força à CDU a 1 de Outubro, é dar mais força aos que todos os dias assumem a defesa desta política de promoção da produção nacional.

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