Com o peito a rebentar de alegria saúdo todos os que permitiram que hoje tantos milhares de camaradas e amigos pudessem estar aqui a dar vida e corpo à nossa Festa do Avante!

Saúdo-vos porque esta Festa não seria possível sem a venda militante da EP, sem as inúmeras jornadas de trabalho voluntário de construção da Festa, sem as incontáveis horas a divulgá-la pelas ruas, praias e festivais e sem o contributo revolucionário para o funcionamento da Festa, para estes três dias de alegria, luta e combatividade.

Saúdo-vos, porque tudo isto resultou de um trabalho profundamente organizado, algo só possível num Partido como o nosso, em que a militância é a base das características revolucionárias que fazem do PCP uma força transformadora do mundo!

Nós, jovens comunistas, trabalhámos para a Festa e estamos aqui ao mesmo tempo que lutámos e lutamos com os jovens portugueses contra os exames nacionais e o encerramento de escolas, o abandono escolar e vias de ensino concebidas unicamente para o ingresso acelerado e desqualificado no mundo do trabalho.

Ao mesmo tempo que lutámos e lutamos contra os cortes orçamentais, contra o Processo de Bolonha, contra as propinas e o seu aumento generalizado e brutal, contra o encerramento de instituições, contra tudo o que faz do acesso à Universidade e ao Politécnico um horizonte cada vez mais longínquo para os filhos dos trabalhadores portugueses.

No mundo do trabalho, o Governo prosseguiu o caminho da privatização da Segurança Social, fez legal a vergonhosa, humilhante, injusta e grave situação que milhares de jovens portugueses enfrentam nas Empresas de Trabalho Temporário, e continuou a dar cobertura aos gravíssimos incumprimentos da lei no que toca a horários de trabalho e despedimentos sem justa causa.

Os jovens portugueses responderam com a luta. Com muita luta e sempre na rua. Fosse à porta da escola, no pátio da universidade ou no piquete da Greve Geral, os jovens portugueses levantaram bem alto a sua voz contra a política do Governo.

Disto são exemplo os milhares de estudantes que ao longo do ano saíram à rua, bem como a impressionante manifestação de 28 de Março que juntou 10 mil jovens trabalhadores em Lisboa.

Este Governo manteve, ainda, a participação de tropas portuguesas a mando do imperialismo sujo e criminoso dos Estados Unidos no Iraque, Afeganistão, Kosovo e Líbano.

O Governo do Partido Socialista instrumentaliza as forças da autoridade para perseguir quem resiste, como são claro exemplo os inúmeros camaradas da JCP identificados pela polícia enquanto pintavam murais – direito democrático e histórico conquistado pelo povo português, inscrito na lei e protegido pela Constituição!

Perante isto, só uma resposta é possível: continuar a lutar, continuar a exercer os nossos direitos, afirmando a liberdade como direito inalienável da Humanidade!

A luta continua até que se inverta o rumo das políticas para o nosso país.

A luta é o caminho! – na nossa Festa a JCP afirma bem alto esta convicção.

Muitas são as lutas que iremos travar, mas a todas iremos com a mesma força com que estamos na Festa. Temos a certeza da razão, a confiança da nossa organização, a alegria da liberdade e do progresso que queremos e havemos de construir.

Pela construção dum mundo de paz, fraternidade, justiça e progresso para todos a JCP diz aos jovens portugueses que este é o seu Partido para mudar de políticas, para construir um amanhã diferente!

Juntem-se à Juventude Comunista Portuguesa, juntem-se ao PCP para que juntos transformemos o nosso País!