Nos primeiros quinze dias deste ano a enorme vala comum do Mediterrâneo ceifou mais 219 vidas. Números oficiais. Mas alguns relatórios apontam para mais de quatrocentas mortes.

Aos quase três mil migrantes que chegaram a solo europeu espera-os a desumanidade da União Europeia - campos de detenção onde são deixados a morrer ao frio antes da deportação.

Sob o pretexto do combate ao terrorismo - relativamente ao qual se adopta uma definição ampla e vaga - em lugar de garantir aos povos a segurança para que gozem dos seus direitos, restringem e atacam direitos por alegadas razões de segurança. No final, nem direitos nem segurança.

Este Conselho Europeu evidencia o beco sem saída em que a União Europeia se encontra.

O Euro acentua o seu carácter de impiedosa máquina de divergência e de empobrecimento da periferia.

Mais um referendo desrespeitado, desta feita na Holanda, sobre o acordo de associação com a Ucrânia.

Por sobre os escombros de um processo de integração esgotado, parte dos problemas e não da solução, caberá aos povos, com a sua luta, abrir um novo caminho de progresso e cooperação na Europa.