O escaravelho vermelho da palmeira (Rhynchophorus ferrugineus) tem vindo a alargar a sua área de distribuição em Portugal. Depois de ter dizimado centenas de plantas no Algarve, o escaravelho tem vindo a causar estragos consideráveis na região metropolitana de Lisboa, tendo também sido já detectado noutras áreas das regiões Norte e Centro do país. Só no concelho de Lisboa foram já mais de uma centena as plantas infectadas. Estão ameaçados exemplares com elevado valor botânico.
Existem claras dificuldade em travar a disseminação desta praga. Em parte, tal deve-se ao elevado custo quer do tratamento preventivo (cerca de 400 euros por planta), quer do abate das árvores infectadas (1000 a 2000 euros por planta), que se revela essencial para travar a contaminação de outros exemplares. De acordo com notícias recentes na imprensa portuguesa, o Ministério da Agricultura não tem, neste momento, fundos para o combate a esta praga.
Em resposta à pergunta escrita (E-010929/2010), sobre este mesmo assunto, a Comissão refere que o 7.º programa-quadro de investigação e desenvolvimento tecnológico (7.º PQ) havia lançado um convite à apresentação de propostas que incluía um tópico sobre o Rhynchophorus ferrugineus. E acrescentava que "serão dedicados 3 milhões de euros à preparação de estratégias de erradicação e contenção da praga".
Tendo em conta a evolução da situação, solicito à Comissão Europeia que me informe sobre o seguinte:
1. Que utilização foi feita, até à data, dos 3 milhões de euros acima mencionados e que estratégias de erradicação e contenção da praga foram elaboradas?
2. Que apoios comunitários poderão ser mobilizados para apoiar as autoridades portuguesas no combate a esta praga?
3. Dispõe de alguma informação (ainda que intercalar) sobre os resultados dos dois projectos de investigação sobre o escaravelho vermelho das palmeiras, no âmbito do 7.º PQ (Q-Detect e Isefor)? Qual a participação de Portugal neste projectos?
