Intervenção de Jerónimo de Sousa, Secretário-Geral, Comício CDU

Cada voto na CDU é força que nunca faltará a uma política de esquerda

Cada voto na CDU é força que nunca faltará a uma política de esquerda

Aqui estamos, nesta laboriosa cidade de Braga, a escassos quatro dias das eleições para a Assembleia da República.

Permitam-me, que daqui dirija um agradecimento a todos os homens, mulheres e jovens que se têm envolvido com dedicação e trabalho para assegurar o êxito da grande campanha de mobilização e participação popular que está a ser a campanha eleitoral da CDU!

Uma campanha que veio sempre em crescente afirmação e que reúne hoje por todo o país uma enorme onda de respeito e simpatia!

Uma campanha que tem trazido para o debate político os problemas dos trabalhadores, as injustiças e desigualdades, dos desempregados, dos que foram obrigados e emigrar, os baixos salários e as baixas reformas, a destruição do aparelho produtivo e a necessidade de aumentar produção nacional e o emprego.

Uma campanha que deu expressão à exigência de melhores serviços públicos, na saúde, na educação, na segurança social; que falou daquilo que interessa, dos problemas, das políticas, da situação do país e das propostas para garantir condições de vida melhores para o nosso povo.

Uma campanha dirigida aos trabalhadores, vítimas do agravamento da exploração, dos desmandos da política de direita e das troikas nacional e estrangeira, mas também, aos reformados, à juventude, aos pequenos empresários, aos agricultores, ao Povo português!

Uma campanha que fala verdade ao Povo!

Uma campanha de uma força que convictamente afirma que os caminhos do futuro não se constroem com as mesmas políticas que levaram o país à ruína e à crise.

Não se constroem com aqueles que afundaram o País no desemprego, que roubaram salários, cortaram reformas e pensões, esmagaram os rendimentos dos trabalhadores com um brutal aumento de impostos, venderam o País, cortaram direitos sociais e laborais, empurraram para a emigração centenas de milhares de portugueses.

Não se constroem com aqueles que no governo PSD/CDS, mas também com o apoio do PS impuseram sacrifícios atrás de sacrifícios, em nome do combate ao défice e à dívida e no fim deixam um País mais empobrecido.

Não, não se resolve com a política de direita e de ruína nacional concretizada por PSD, CDS, mas também, no essencial, pelo PS, assente na submissão aos critérios e imposições da União Europeia à custa do roubo dos rendimentos, direitos e do bem-estar do povo.

Não, não se constroem com esses mesmos que se preparam para prosseguir no mesmo rumo, os mesmos roubos a mesma política de destruição dos direitos à saúde, à educação, à protecção social dos portugueses!

Andam há décadas a prometer a salvação da pátria e a solução dos problemas nacionais, mas mandato após mandato deixaram o País à beira do abismo!

Que ninguém duvide que o que seu verdadeiro programa, aquele que escondem na manga, dos seus número de ilusionismo eleitoral mais que vistos e revistos, são mais sacrifícios para o povo, mais exploração e empobrecimento!

É por isso que o que verdadeiramente se decide nestas eleições e que o que verdadeiramente se coloca é se os portugueses vão permitir que, com o seu voto ou com a sua abstenção, prossigam a política do PSD/CDS, mas também do PS de corte e degradação dos salários, das reformas e pensões e o seu congelamento até 2019.

Ou se vamos, reforçando a CDU com mais votos e mais deputados, dar força às suas propostas de reposição imediata dos rendimentos e direitos roubados, de valorização dos salários e das reformas, incluindo do salário mínimo nacional para 600 euros que a CDU propõe para iniciar em 2016!

Se vamos permitir que se aprofundem prolongue por muitos mais anos um desemprego massivo, o flagelo da precariedade laboral, ou a facilitação dos despedimentos.

Ou se vamos reforçar a CDU, com mais votos e mais deputados e dar força às nossas propostas de exigência de um Programa Nacional de Combate à Precariedade e ao Trabalho Ilegal, garantindo que a um trabalho efectivo corresponda a um contrato permanente, combatendo o uso abusivo e ilegal de contratos a termo, os falsos recibos verdes e com leis que protejam os direitos dos trabalhadores, a contratação colectiva, impeça a desregulação dos horários.

Se vamos ver prosseguida, a política de corte nas reformas e pensões para uns no imediato, para outros no futuro e de fragilização das prestações sociais na doença, no desemprego, na velhice, no apoio aos jovens e crianças.

Ou se vamos dar mais força à CDU, com mais votos e mais deputados para melhor garantir, como defendemos:

- um sistema público de segurança social forte e seguro, capaz garantir melhores reformas e pensões;

- o alargamento dos critérios de acesso e prolongamento do período de atribuição do subsídio de desemprego e do complemento solidário de idosos;

- a reposição da universalidade do abono de família.

Se aceitamos que prossiga a poderosa ofensiva contra o direito à saúde dos portugueses, cada vez mais cara e com os encerramentos e cortes nos serviços de saúde e sujeita à crescente gula dos lucros privados.

Ou se vamos reforçando a CDU, com mais votos e mais deputados dar mais força à exigência do fim das taxas moderadoras, a uma maior cobertura e mais próxima dos serviços de saúde com mais médicos de família e a reposição do direito ao transporte dos doentes.

Se depois do dia 4 de Outubro a grande maioria dos agricultores, a agricultura familiar, os pequenos e médios agricultores, os que labutam a terra de sol a sol continuam a ser votados ao abandono por uma política ao serviço do grande agro-negócio para quem vão os apoios milionários da União Europeia.

Ou se vamos reforçar a CDU, com mais votos e mais deputados e dar força às suas propostas de exigência de uma outra política agrícola que garanta melhores preços à produção e seus rendimentos, combata a especulação dos preços dos factores de produção, garante uma outra política florestal.

Se vamos ver alargado o número de jovens sem futuro e sem saída, bloqueados por uma educação elitista e um emprego precário, mal pago e intermitente!

Ou se damos força à CDU para com mais votos e mais deputados dar expressão às aspirações e anseios da juventude e contribuir para resolver os seus problemas:

- os problemas do desemprego, da precariedade, da falta de estabilidade das suas vidas, da concretização da educação a que têm direito, numa Escola Pública de qualidade, com a gratuitidade de todo o ensino público.

Se no próximo dia 4 de Outubro vamos continuar a percorrer o caminho de definhamento das actividades dos micro e pequenos empresários e de destruição das suas vidas.

Ou se, damos força às propostas da CDU, com mais votos e mais deputados para dar força à exigência de medidas do fim do Pagamento Especial por Conta, da reposição do IVA da Restauração nos 13%, de uma política de crédito, ajustada às pequenas empresas e de garantia de apoio social para pequenos empresários.

Nesta campanha ficou claro que existe uma política e um modelo de desenvolvimento verdadeiramente alternativo e uma força – a CDU – disponível para encontrar os caminhos da sua concretização.

Que é na CDU que está a mais sólida garantia de construção de um Programa de mudança e de ruptura capaz de responder aos problemas do país, dos trabalhadores e do povo.

Um Programa patriótico e de esquerda que perspectiva um novo rumo para Portugal recentrado na afirmação de um desenvolvimento económico sustentado e vigoroso, na criação de emprego, na redução dos défices estruturais, no aprofundamento da democracia e na afirmação da independência e soberania nacionais.

Dia 4, os trabalhadores e o povo português têm uma oportunidade única para mostrar que o país não está condenado ao retrocesso, às injustiças e à desigualdade.

Andam para aí a meter medo com a falta de estabilidade. Pobres de espírito os que julgam que pela estratégia do medo amedrontam o povo, que o podem fazer desistir de querer um futuro melhor para as suas vidas.

Os trabalhadores e o povo confiam na sua própria força, sabem que é chegada a hora de derrotar este governo, mas também, a hora de derrotar todas as manobras para que a política de direita prossiga por outras mãos.

Andam aí, a coligação PSD /CDS e o PS a clamar por maiorias absolutas. Ei-los uns e outro atrás das manobras e chantagens de Cavaco Silva para alcançar essa maioria, seja de um ou de outro, para perpetuar a mesma política de sempre.

Os trabalhadores e o povo sabem bem o que significam maiorias absolutas. Conhecem esta que aí está pela mão de PSD e CDS e não esquecem a do PS que lhe antecedeu.

Falam em estabilidade, em governabilidade, em segurança. Bem sabem do que falam.

Estabilidade, sim, mas a estabilidade da política para continuar o assalto aos rendimentos dos trabalhadores e do povo! É a estabilidade para prosseguirem o rumo dos sacrifícios que têm sido impostos à grande maioria do povo português!

Governabilidade, sim, mas essa governabilidade que desgoverna todos os dias a vida dos portugueses, essa governabilidade que lhes permita, alternadamente ou em conjunto, criar as condições para aumentar a exploração, carregar mais sobre os trabalhadores, os reformados, os agricultores, os micro e pequenos empresários, os jovens!

Segurança, sim, mas dos interesses dos grupos económicos, das benesses fiscais sobre os lucros, do regabofe do dinheiro a rodos para a banca e as suas fraudes.

É por isso que os partidos da política de direita, os grupos económicos, os banqueiros, temem o crescimento da CDU.

Temem que os interesses e privilégios do grande capital sejam abalados!

Por isso a todos dizemos:

Venham! Está aqui gente séria, gente de confiança, uma força que nunca falta com a sua presença na hora de combater injustiças, defender direitos, dar solução aos problemas dos trabalhadores, do povo e do país

Gente séria porque honramos a palavra dada. Gente de uma só cara e uma só palavra.

Gente séria porque somos reconhecidos pelo trabalho, honestidade e competência.

Gente séria porque estamos na política não para nos servir, mas para servir os interesses dos trabalhadores, do povo e do país.

Gente séria porque levamos a sério os problemas dos trabalhadores, dos reformados, dos pequenos e médios empresários, dos jovens, que conhecemos e respondemos às suas preocupações e aspirações.

Gente séria porque não viramos a cara à luta. Porque é com a CDU que os portugueses encontraram a coerência e a coragem quando mais difícil era resistir e combater a política do PSD e CDS de destruição das condições de vida.

Gente séria porque não precisamos de esconder o nosso percurso.

A CDU apresenta-se de cabeça levantada com a razão acrescida que vida lhe deu e dá razão, com a clareza de quem denunciou e combateu a política de desastre de sucessivos governos do PS, PSD e CDS, com a autoridade de quem tem afirmado e defendido soluções que se tivessem sido aprovadas teriam contribuído para construir um país menos desigual e mais justo.

Gente séria com uma política a sério para dar resposta aos problemas nacionais.

Gente que recusa falsos fatalismos e afirma com confiança que Portugal tem recursos e meios para assegurar um futuro melhor, com mais produção e justiça social.

Gente séria porque não desiste de Portugal. Porque na CDU colocamos os interesses nacionais à frente dos projectos daqueles que querem manter o país submetido ao capital transnacional.

No momento em que nos aproximamos do fim da campanha a todos e a cada um queremos lembrar que todos os votos contam e somam para que, na noite das eleições, possamos ver e sentir que a CDU pesa mais no futuro do país, que a CDU tem mais força para concretizar a mudança a sério que Portugal precisa.

A todos e a cada um queremos recordar, mesmo aos que ainda pensam que não vale a pena, que se não deixarmos para os outros o que cada um pode fazer, se não prescindirmos de ter a voz que o voto nos dá, é possível romper com esta política desgraçada, derrotar os que desgovernaram o país e dar força a quem nunca faltou na hora de defender direitos.

Todos os que antes têm confiado na CDU sabem que o seu voto foi respeitado, que o apoio que nos deram foi a força que tiveram na defesa dos sues direitos e aspirações
Aos muitos milhares que pela primeira vez vão votar CDU, quase todos desiludidos e desencantados por anos de promessas não cumpridas de PSD/CDS e do PS, lhes dizemos:
- Bem vindos ao lado certo, dos que farão da força e do apoio que nos derem um compromisso ainda maior para prosseguir, na Assembleia da República e fora dela, a nossa intervenção em defesa das vossas aspirações, que transformarão o vosso apoio na vossa própria força para dar solução aos vossos problemas, na construção de uma política alternativa, patriótica e de esquerda.

No próximo domingo, cada voto CDU é um voto de esperança e confiança no futuro!

Cada voto na CDU é força que nunca faltará a uma política de esquerda, o voto que soma sempre para a convergência de todos os democratas e patriotas que querem ver afastada de uma vez por todas a política de direita, de todos os democratas e patriotas que aspiram a uma política alternativa que assegure um Portugal com futuro, desenvolvido e soberano.

Vamos, nestes dias que faltam, acabar de construir aquele resultado que está em condições de decidir outro caminho para o País!

Vamos até domingo assegurar que esta corrente imensa de confiança na CDU; que este reconhecimento de que é com a CDU que contam para uma vida melhor, garantir os votos e deputados indispensáveis a um governo e a uma política patriótica e de esquerda!

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