Declaração escrita de Ilda Figueiredo no Parlamento Europeu

Balanço da Presidência Espanhola

Lamentavelmente, a Presidência espanhola não procurou encontrar respostas para os graves problemas que se vivem na União Europeia. Aliás, foi durante este período que foram tomadas medidas inaceitáveis, que não só provam a falta de solidariedade existente como o que fizeram relativamente à divida soberana é muito grave.

De facto, ficou à espera das decisões da Alemanha e deixou que o problema se arrastasse com graves consequências para a Grécia, Portugal e a própria Espanha. O que também prova quem, afinal, detém o poder na União Europeia. O directório das grandes potências está cada vez mais reduzido à Alemanha e, quando muito, inclui a França.

Depois, as soluções tardias foram más. Em vez da solidariedade dos países mais ricos, do reforço do orçamento comunitário para acções de solidariedade e para assegurar uma verdadeira coesão económica e social, o que fizeram foi recorrer ao FMI e a empréstimos à Grécia, a juros mais elevados do que aqueles que o BCE pratica para os bancos privados. A agravar a situação impuseram condições inadmissíveis que fazem recair sobre os trabalhadores e as populações mais carenciadas os custos da crise que a própria UE ajudou a criar, apenas para facilitar os ganhos dos grupos económicos e financeiros. Vai no mesmo sentido a aprovação da chamada " Estratégia 2020.

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