Assembleia da República

O Governo não deve autorizar a alienação de barragens concessionadas pelo Estado à EDP

Senhor Presidente
Senhores deputados,

A EDP anunciou a intenção de vender a um consórcio francês a concessão de seis barragens da bacia hidrográfica do Douro: Miranda, Bemposta, Picote, Foz Tua, Baixo Sabor e Feiticeiro.

O conjunto destas barragens representa uma potência instalada de 1.700 MW, cerca de 25% do total da potência hidroelétrica instalada no país.

A EDP é hoje uma empresa privada, de capital estrangeiro, em resultado da privatização consumada por um Governo do PSD e CDS, que teve a firme oposição do PCP.

Travar os atropelos laborais no sector da vigilância e limpeza

Sr. Presidente,
Srs. Deputados,

A realidade laboral dos trabalhadores do sector da vigilância e da limpeza é marcada por instabilidade, por incertezas, por precariedade, por baixos salários, por atropelos diários aos seus direitos, por grande exploração.

O início deste ano já o demonstrou - os trabalhadores da vigilância foram confrontados com assinaturas de novos contratos, tendo sido colocados em causa os seus direitos (como, por exemplo, a antiguidade) e tendo sido colocado em risco os seus postos de trabalho.

Acabar com o negócio da cobrança de comissões bancárias. Por uma banca pública ao serviço do povo e do país

Senhor Presidente,
Senhores deputados,

A titularidade de uma conta bancária à ordem e de um cartão de débito para a sua movimentação constitui, hoje, uma necessidade básica para a esmagadora maioria dos cidadãos. Como tal, o acesso a determinados serviços bancários não deve estar sujeito à possibilidade de os bancos abusarem da sua posição para cobrarem comissões de manutenção excessivas.

O valor das comissões de manutenção das contas bancárias não tem parado de aumentar, assumindo valores cada vez mais expressivos.

«O Património Cultural é de todos, não pode ser moeda de troca em negociatas»

Senhoras e Senhores Deputados,

Insólito, insulto, impensável, ilegal, incompetência. Estes são alguns dos epítetos utilizados nos últimos dias por associações, sindicatos, investigadores e tantas outras vozes que se levantaram em protesto contra a cedência de obras depositadas num museu público a um grupo hoteleiro privado e quanto ao conhecido novo elenco da Direcção Geral do Património Cultural.

Sobre a provocação da morte antecipada – «eutanásia» e «suicídio assistido»

Senhor Presidente,
Senhores Deputados,

A oposição do PCP em relação às iniciativas que estão hoje em debate é bem conhecida. Não é uma oposição tomada de ânimo leve, motivada por maniqueísmos ou baseada em ideias feitas. É uma opção que resulta de uma reflexão intensa sobre um tema que, pela sua complexidade, pelas inquietações que suscita e pela transcendente importância dos valores que estão em causa, dispensa qualquer atitude de arrogância intelectual ou qualquer invocação de superioridade moral.

«Veremos quem está afinal do lado da Regionalização»

Senhor Presidente,
Senhoras e senhores Deputados,

A Regionalização é, de facto, um imperativo há muito adiado de que o País necessita e que se impõe para reforçar a vida democrática, para assegurar uma coerente e eficiente Administração Pública, para criar condições de desenvolvimento das regiões mais desfavorecidas, respeitando e preservando a autonomia municipal.

O PCP agendou este debate com um objectivo claro e assumido.

«Quadro Financeiro Plurianual: uma proposta inaceitável que não responde às necessidades do país»

Senhor Presidente, Senhoras e Senhores Deputados, Senhores membros do Governo,
Senhor Primeiro-Ministro,

Há uma questão incontornável neste debate, que tem a ver com o ponto de partida que é definido para estes processos negociais, num quadro de profunda desigualdade e de profundas contradições.

Desde logo a Comissão Europeia, e mais recentemente a Presidência Finlandesa da UE, o que conseguiram foi estabelecer o “terreno” desta discussão, e deste processo de decisão relativamente ao Quadro Financeiro Plurianual [QFP].

«É uma injustiça e os problemas vão aumentar inevitavelmente se não houver aumentos salariais para todos!»

Queremos começar a nossa intervenção manifestando o nosso repúdio e condenação por qualquer expressão de racismo.

Portugal não é um país racista mas há em Portugal quem o promova.

A luta anti-racista faz parte da história do PCP mas também parte da sua luta presente.

Por isso, não pouparemos esforços para que o racismo seja combatido e erradicado em todas as suas expressões, não só por obrigação constitucional, mas por exigência democrática.

Senhor Primeiro-ministro: