Assembleia da República

Pela Paz, contra a instrumentalização da Assembleia da República para a escalada da guerra

Sobre a proposta da realização de uma sessão com o Presidente da Ucrânia na Assembleia da República.

A realização de sessões com intervenção de chefes de estado na AR, ao longo dos últimos anos, têm sido muito limitadas e têm sido sempre na sequência da realização de visitas institucionais ao nosso País, que neste caso concreto não ocorre.

Solidariedade para com as vítimas da guerra na Ucrânia, pela paz e pelo cabal apuramento de denúncias de crimes de guerra

É preciso pôr fim à guerra que tem lugar na Ucrânia desde há oito anos e que não devia ter começado. Urge inverter a escalada de confronto económico e belicista em curso e defender a paz. É necessário assegurar as condições para um cessar-fogo e uma solução negociada, travar o aproveitamento da guerra e das sanções como pretexto para agravar as condições vida dos trabalhadores e dos povos.

A guerra e as sanções penalizam os trabalhadores e os povos, enquanto os grupos económicos amealham lucros fabulosos

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, Sr. Primeiro-Ministro,

É preciso uma política alternativa, com o controlo público do sector da energia

Senhor Presidente,
Senhores deputados

Senhores secretários de estado,

O PCP tomou a iniciativa de convocar esta audição perante a escalada de preços dos combustíveis, que prejudicam a vida do povo, a sobrevivência de muitas MPME, com efeitos desastrosos também nos preços dos bens de consumo.

É preciso começar por dizer que este aumento de preço tem um carácter especulativo, e só vai beneficiar os lucros milionários das petrolíferas, se não houver coragem política para enfrentar os grandes interesses.

Parar a política de instigação ao confronto. Dar uma oportunidade à Paz

Senhor Presidente, Senhoras e Senhores Deputados, Senhores membros do Governo,

As reuniões do Conselho Europeu sobre a situação na Ucrânia vieram confirmar e evidenciar o papel que a União Europeia entendeu assumir neste processo.

No fundamental, a atitude da União Europeia (com o apoio do Governo Português) perante o que está a acontecer no Leste da Europa é a continuação da escalada de confrontação, com mais sanções económicas, mais escalada armamentista.

A postura de confrontação que nos trouxe até aqui – e para a qual alertámos já em 2014 – não deve ser agravada, mas travada!

É preciso enfrentar o problema da seca com medidas adequadas

Sr Presidente, Srs membros do Governo,
Sras e Srs deputados,

Portugal está a atravessar uma gravíssima seca, com consequências muito sérias que vão desde o abastecimento para o consumo humano às dificuldades para as actividades económicas, particularmente para os pequenos produtores.

Foi por esse motivo que o PCP quis um debate sobre este tema.

Porque para que não falte água, nem nas torneiras, nem nos campos, é preciso tomar medidas.

As consequências dramáticas da seca são conhecidas e sabemos que a tendência é de intensificação com as alterações climáticas.

Defender a paz, travar a escalada de confrontação

As nossas primeiras palavras são para expressar profunda preocupação com os desenvolvimentos da escalada de confrontação política económica e militar e com os riscos sérios que comporta essa confrontação.

A guerra é o maior perigo que a Humanidade enfrenta e a Europa tem uma das mais dolorosas experiências do que ela pode significar.

A guerra não é solução seja para que problema for e é preciso fazer todos os esforços para a evitar.