Caro(a) Eleitor(a),
Carlos Carvalhas

Venho falar-lhe das próximas eleições para a Assembleia da República. Em que os portugueses vão eleger, não um Primeiro-Ministro como enganosamente alguns proclamam, mas 230 deputados responsáveis pela aprovação das leis e pela orientação e fiscalização do Governo do País. A campanha eleitoral não deve ser um concurso de caras ou um leilão de promessas, mas uma oportunidade para todos os cidadãos responsavelmente avaliarem o que cada força política fez, o que propõe e como honrou os compromissos assumidos há quatro anos. É que os partidos não são todos iguais e meter a todos no mesmo saco apenas aproveita aos que querem que os cidadãos se desinteressem da política e que tudo continue na mesma. Por isso, ao decidir o seu voto, convidamo-lo também a que nos julgue. Sem ideias feitas, nem preconceitos. Não pelo que outros dizem de nós, nem por concursos de popularidade ou por sondagens. Mas pelo que somos, pelos valores e ideias que defendemos, pela coerência entre os nossos princípios, palavras e actos.

Passados quatro anos desde as anteriores eleições legislativas, julgamos ter honrado a confiança dos que nos deram o seu voto. Não metemos compromissos e princípios na gaveta. Os deputados eleitos pela CDU, apesar de serem apenas 15, foram os que mais trabalharam e mais projectos de lei apresentaram. Mostrando assim que o que é preciso é mais deputados da CDU para que seja possível trabalhar e aprovar mais e melhores medidas e leis.

No dia 10 de Outubro, o que faz falta não é decidir entre partidos que no fundamental defendem o mesmo, disfarçando isso por detrás de duelos fingidos e guerrilhas pessoais. O que faz falta também não é dar um poder absoluto ao PS, o que facilitaria o regresso à arrogância e ao autoritarismo que os portugueses não esquecem e já condenaram.

No dia 10 de Outubro, acreditamos que faz falta dar mais força à CDU.

Mais votos e mais deputados da CDU nas próximas eleições é a grande novidade política que pode dar força à aspiração de muitos portugueses de renovar, moralizar e melhorar a política em Portugal. Para que não fique tudo na mesma.

Contamos para isso com o voto de todos os que querem devolver dignidade, verdade e sentido de serviço público à política e sabem que disso damos testemunho no modo isento e transparente como exercemos os cargos públicos. Dos que querem na política mais respeito pelas pessoas, a valorização do trabalho e dos trabalhadores. Dos que reconhecem na CDU uma força de esquerda influente, activa e solidária em todas as horas e não apenas nas eleições.

Contamos consigo para a realização destes objectivos.

Cordiais saudações de

Carlos Carvalhas
Secretário-Geral do Partido Comunista Português