A decisão do governo da Estónia de retirar o monumento que homenageia a memória dos 270.000 soldados do Exército Vermelho mortos na guerra antifascista, seguido de ataques policiais brutais em Tallin, as actos de vandalismo contra a sepultura de Janos Kadar em Budapeste no dia 2 de Maio, a implementação da nova “lei de purificação” na Polónia que atinge 700.000 pessoas, a Lei de Segurança Nacional Romena anticomunista, a declaração anticomunista do presidente romeno Traian Basescu e a reabilitação parcial do antigo primeiro ministro fascista romeno I. Antonescu são alguns dos ataques anticomunistas e antidemocráticos que tiveram lugar nos últimos tempos na Europa.
Os nossos partidos protestam firmemente contra estas medidas que são dirigidas não apenas contra os comunistas, os heróicos lutadores antifascistas, contra os lutadores das Brigadas Internacionais da Guerra Civil espanhola e a vitória antifascista na 2ª Guerra Mundial, mas também contra os mais elementares direitos e liberdades democráticas.
Responsabilizamos a União Europeia, tendo em conta várias declarações e decisões que prepararam o terreno para estes acontecimentos e por não tomar qualquer decisão que ponha termo a esta situação.
Na ocasião da grande campanha contra a Moção Anticomunista no Conselho da Europa em Janeiro de 2006, os nossos partidos e outras forças progressistas de todos os países chamaram a atenção aos verdadeiros fins e objectivos dos ataques contra os comunistas e a sua ideologia.
O objectivo destas medidas é uma tentativa levada a cabo pelas forças no poder nos países europeus, na UE, NATO e outros centros imperialistas, para intimidar e contrariar a cada vez maior resistência contra as políticas anti-sociais e anti-laborais desenvolvidas pelos governos e os seus apoiantes.
Perante o aumento da influência dos ideais da Revolução Socialista de Outubro e as suas conquistas, apesar das falhas e erros do socialismo no Século XX, em claro contraste com a realidade diária de milhões de pessoas, as tentativas de rescrever a História e a escalada de anticomunismo patrocinadas pelo Estado irão aumentar.
Apesar de tudo isto, estamos convictos de que ninguém, seja uma força política, governo, NATO ou UE poderá parar o impacto dos ideais comunistas na classe trabalhadora e na juventude, porque cada vez mais provam ser verdadeiros e o caminho para a concretização das aspirações e anseios populares.
É por isso que iremos multiplicar os nossos esforços para acções comuns, em apoio das lutas populares, e em primeiro lugar da classe trabalhadora, para um grande movimento de apoio aos direitos e liberdades democráticas.
É tempo de todas as pessoas progressistas na Europa se lembrarem do impacto catastrófico destas mesmas políticas na história do nosso continente.
É tempo de agir com vigor e condenar por todos os meios quaisquer ataques antidemocráticos, quaisquer medidas anticomunistas.
Exigimos:
- A abolição de todas as leis anticomunistas, decisões e actos governamentais condenando a ideologia comunista, os símbolos comunistas, bem como as perseguições contra os comunistas, os antifascistas e os lutadores pelo socialismo.
- Um castigo severo aos responsáveis pelos vandalismos contra as sepulturas e monumentos em honra da memória dos lutadores antifascistas.
- Um fim à campanha maciça de aterrorizar milhões de pessoas pelas suas opiniões políticas.
- A abolição das leis e outras decisões proibindo a actividade dos partidos comunistas.
- Um fim às campanhas visando difamar e distorcer a verdadeira história da luta antinazi e antifascista nas escolas e na comunicação social.
- Um fim às campanhas anticomunistas de mudar os nomes de locais públicos em honra da luta heróica contra o fascismo.
Os partidos
Partido Comunista da Bielorússia
Partido do Trabalho, Bélgica
Partido Comunista da Bulgária
Partido dos Comunistas Búlgaros
Novo Partido Comunista Britânico
Partido Progressista do Povo Trabalhador, AKEL, Chipre
Partido Comunista na Dinamarca
Partido Comunista da Eslováquia
Partido Comunista dos Povos de Espanha
Partido Comunista da Estónia
Partido Comunista da Finlândia
Partido Comunista da Grécia
Partido Comunista da Irlanda
Partido Socialista da Letónia
Partido Socialista da Lituânia
Novo Partido Comunista da Holanda
Partido Comunista da Noruega
Partido Comunista da Polónia
Partido Comunista Português
Partido da Aliança Socialista, Roménia
Partido Comunista da Federação Russa
Partido Comunista dos Trabalhadores, Partido dos Comunistas da Rússia
Partido Comunista da Suécia
Partido Comunista da Turquia
Partido Socialista do Trabalhadores da Croácia
Partido Comunista da Dinamarca
Partido Comunista Unificado da Georgia
Partido dos Comunistas Italianos
Partido Comunista Luxemburguês
Novo Partido Comunista da Jugoslávia, Sérvia
Partido Comunista da Ucrânia
União dos Comunistas da Ucrânia
