Mísia

Portuguesa, nascida no Porto, de pai português e mãe catalã, Mísia é oriunda de uma família de tradição artística (a avó vedeta de music hall e a mãe bailarina), explica-se que se dedicasse com toda a naturalidade a uma carreira nas artes, interessando-se por tudo e abordando estilos diferentes. Depois da adolescência passou uns tempos em Barcelona e Madrid onde viveu uma grande variedade de experiências artísticas, para voltar então a Lisboa com uma imensa vontade de cantar o «seu» fado. Rodeou-se de músicos, compositores, letristas e poetas para construir o seu próprio repertório de Fado.

Se Mísia respeita a ortodoxia desta arte tão porfundamente indissociável da cultura portuguesa, ela soube também trazer-lhe uma renovação fundamental ao introduzir novos instrumentos como o violino, o acordeão, e ainda o piano e enriqueceu-lhe a tradição com novas referências literárias, musicando poemas de autores de outrora ou escolhendo poemas escritos para ela por autores contemporâneos tais como José Saramago e Vasco Graça Moura.

Depois de «Garras dos Sentidos» ( em Portugal o primeiro álbum conceptual de fado tradicional e poesia), de «Paixões Diagonais», uma inteligente mistura de fado tradicional e contemporâneo, e de « Ritual», fundamentalmente ancorado na mais pura tradição fadista, «Canto», o novo álbum de Mísia é um porjecto inédito. «Canto» é inspirado na música de Carlos Paredes, compositor. «Canto» é o resultado do encontro entre diferentes linguagens artísticas alimentadas pelo talento e a generosidade de poetas como Vasco Graça Moura, Sérgio Godinho e Pedro Tamen que ofereceram poemas de uma comovente beleza.

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