BANDA BASSOTTI

A Banda Bassotti nasce em 1981 num bairro da periferia de Roma, quando um grupo de amigos inicia a organização de iniciativas de solidariedade com os povos da Palestina, País Basco, Nicarágua. O apoio à Frente Sandinista de Libertação Nacional nicaraguense traduzir-se-ia na criação de brigadas de trabalho: entre 1984 e 1987, com a ajuda de companheiros da «Cooperativa XXV de Aprile» e de outros amigos, participam em brigadas de trabalho de três meses, construindo alojamentos para estudantes e, posteriormente, uma escola.

De 1987 a 1989, o grupo cria uma banda de rock que dá os seus primeiros passos em espectáculos de rua nas manifestações de massas.

A banda, juntamente com outros companheiros de Roma, lança o projecto «Gridalo Forte, No al fascismo! No al razzismo!», que ainda hoje se mantém, e que logo de início empreendeu a formação de um centro documental e de acção contra a discriminação racial e contra o fascismo.

Em 1990/91 apoiam activamente a preparação de um festival antiracista, no qual viriam a participar grupos provenientes de toda a Europa. O desenvolvimento deste núcleo de solidariedade acaba por dar origem, em 91, à editora «Gridalo Forte Records».

E é sob a nova etiqueta – que hoje acolhe já uma vintena de grupos independentes - que em 1992 é lançado o primeiro disco da Banda Bassotti, «Figli Della Stessa Rabia».

O disco é muito bem acolhido pelo público e pela crítica especializada, ganhando o grupo notoriedade a nível nacional.

Durante a gravação do posterior mini-cd «Bella Ciao» nasce a ideia de fazer um concerto em Salvador a favor do FMLN. A oportunidade de concretização da ideia surge em março de 1994 com as primeiras eleições gerais em Salvador depois de 11 anos de guerra civil. A Banda Bassotti, juntamente com o grupo de Negu Gorriak (País Basco), participa num concerto memorável no encerramento da campanha eleitoral, ao qual assistem 50.000 pessoas.

Em Junho de 1995 a banda inicia a gravação do disco «Avanzo de Cantiere» .Segue-se uma tournée por toda Itália e Espanha, terminando em Bilbao com a presença de cerca de 10.000 pessoas. Sempre na linha do seu empenhamento político activo, a Banda Bassotti participa, com mais 15 bandas, na manifestação Hitz Egin, a favor da liberdade de expressão, que terminará com um mega concerto com o objectivo de recolher fundos para o processo Negu Gorriak contra o General da Guarda Civil Galindo. É angariado um total de 200.000.000 de liras que servirão para garantir a sua defesa em tribunal.

Em meados de 1996 a banda decide separar-se devido a uma série de dificuldades. Mas o seu empenhamento na luta em prol da liberdade voltará a uni-los. Em Fevereiro de 2001 são convidados para tocar com Negu Gorriak, aquando do terminus do processo judicial Ustelkerria em que Negu Gorriak é considerado inocente. Mais de 30.000 pessoas assistem ao concerto.

Logo depois, a banda organiza dois concertos em Roma, a 15 e a 17 de Março de 2001. O lema é a manifestação contra a chegada a Roma do nazi Haider.

O concerto decorre no Centro Sociale «Villaggio Globale» e conta com uma assistência de 9.000 pessoas. Da sua gravação ao vivo surgirá o álbum « Un Altro Giorno d´amore».

No ano de 2002 a banda faz uma tournée por Itália e Espanha, finalizando em Setembro no «Independent Day Festival», juntamente com Manu Chao.

Em Outubro do mesmo ano a banda organiza um concerto na cidade de Roma em homenagem ao camarada Walter dall´Ommo e a toda a sua família e, em Março de 2002 é lançado o disco «L´Altra faccia dell´Impero» seguido de uma série de concertos por toda a Europa e Japão.

Neste ano de 2003, além do novo disco, «Asi es mi Vida», saído em Fevereiro, assinale-se o regresso ao Japão, numa tournée que decorreu em Maio.

Discografia:
«Figli Della Stessa Rabia», 1992;
«Avanzo de Cantiere», 1995;
«Un Altro Giorno d´amore», 2001;
«L´Altra faccia dell´Impero», 2002;
«Asi es mi Vida», 2003.

Site: http://www.bandabassotti.org