Em 2004 fará 20 anos que morreu
o Poeta, o camarada, o amigo
RECORDAR
ARY DOS SANTOS
Poeta da resistência e poeta de Abril, Declamador de entre os melhores
Comunista convicto e activo
Ary dos Santos, ou de nome completo José Carlos Ary dos Santos,
morreu a 18 de Janeiro de 1984, na sua casa, na rua da Saudade, em Lisboa,
quando preparava um livro autobiográfico
intitulado «Estrada da Luz-Rua da Saudade» e a edição
de dois livros de versos, “Trinta e Cinco Sonetos” e as “Palavras
das Cantigas”.
Morreu o poeta
ficou-nos a sua vasta obra para o recordar:
«A Liturgia do Sangue» 1963
«Tempo da Lenda das Amendoeiras» 1964
«Adereços, Endereços» 1965
«lnsofrimento in sofrimento» 1969
«Fotos-Grafias» 1970
«Resumo» 1972
«As Portas que Abril Abriu» 1975
«O Sangue das Palavras» 1978.
«20 Anos de Poesia» 1983
«VIII Sonetos» — dos 30 sonetos que se propunha publicar,
mas que a morte não lhe permitiu que acabasse.
Autor de várias centenas letras para canções teve
uma
acção preponderante na inovação da canção
portuguesa.
É um dos autores presentes na Antologia da nova poesia portuguesa.
Participou como autor de textos para o teatro de revista.
Além de autor, Ary dos Santos era um dos melhores declamadores
da sua própria poesia.
Editou vasta obra discográfica.
Grande conhecedor do seu povo, que amava,
Ary dos Santos, para além de um grande poeta, foi um grande pedagogo
da verticalidade e da dignidade humana. Através da poesia, exaltou
a alegria dos portugueses, e ridicularizou os seus preconceitos e tabus
que longas décadas de obscurantismo tinham incutido nas mentes.
Imponente, corajoso, esmagava mas também educava quem o ouvia.
Foi um exemplo de intelectual progressista.
Aliado incondicional dos trabalhadores, escolheu o PCP para nele lutar,
convicto de que o Partido que escolheu era o melhor.
Percorreu o país de Norte a Sul, em comícios, sessões
de esclarecimento e festas do PCP. Está cá o Ary, ouvia-se.
E cada verso era uma bandeira desfraldada, um punho que se erguia, uma
esperança que renascia.
Porque se fizermos de Maio a nossa lança isto vai meus amigos,
isto vai...
José Carlos Ary dos Santos, Poeta
Poeta da Revolução
Poeta dos trabalhadores e dos excluídos.
Poeta do amor
POETA CASTRADO NÃO!
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