Acção do PCP «Renegociar a Dívida. Defender o povo e o País»

Acção do PCP «Renegociar a Dívida. Defender o povo e o País»

O PCP desenvolve por todo o País, acções de esclarecimento junto das populações sob o lema: "Renegociar a dívida. Defender o povo e o País". Esta acção decorre, três anos após a proposta do PCP de renegociação da dívida pública, quando PS, PSD e CDS se preparavam para chamar a troika e precede a discussão na Assembleia de República do Projecto de Resolução do PCP sobre esta matéria.

A discussão na Assembleia de República do Projecto de Resolução do PCP "Pela renegociação da dívida pública e por políticas de defesa e reforço da produção e do investimento que assegurem o crescimento da economia e combatam o desemprego", será mais uma oportunidade de confrontar o PS, o PSD e o CDS com o rumo de desastre nacional que estão a impor a Portugal e apresentar a alternativa que o PCP propõe ao povo português.

A acção de esclarecimento, em Lisboa, decorreu na Estação Ferroviária do Cais do Sodré e contou com a presença do 1.º candidato da CDU às eleições de 25 de Maio, João Ferreira, dos deputados à Assembleia da República, Miguel Tiago, David Costa e Rita Rato e de Armindo Miranda, membro da Comissão Política do Comité Central do PCP.

No folheto distribuído pode ler-se que nestes três anos chegámos a uma situação insustentável, com a dívida pública a agravar-se em 54 mil milhões de euros atingindo já 130% do PIB, e pagando, só em juros, mais de 7000 milhões de euros por ano. Um verdadeiro roubo ao povo português onde quanto mais se paga, mais se deve. Esta situação decorre do abandono do aparelho produtivo, das privatizações, da cedência às imposições da União Europeia (incluindo o Euro), a par de negócios escandalosos como os do BPN, do BPP, das chamadas parcerias público-privadas, dos contractos SWAP e de todo o conjunto de privilégios e recursos que são retirados ao Estado e entregues ao grande capital. Na verdade a dívida pública é hoje, para a banca, um dos negócios mais rentáveis.

Se a proposta que o PCP apresentou em 2011 tivesse sido aprovada, teria sido possível evitar ao País o rumo de desastre económico e social. Teria poupado o País ao maior período de recessão desde a II Guerra Mundial, a destruição de centenas de milhares de empregos, com cerca de 1 milhão e 400 mil desempregados e com níveis de emigração que só têm paralelo nos tempos do fascismo. Teria impedido que centenas de milhar de pessoas tivessem sido empurradas para a pobreza. Não renegociar a dívida, significa perpetuar a chamada “austeridade” pelas próximas décadas, é conduzir o povo à miséria para satisfazer os interesses dos mais ricos e poderosos.

O PCP aponta ainda os diversos pressupostos desta proposta de renegociação, um processo não para defender os credores, mas para defender os interesses do povo e do País e que é parte integrante da política patriótica e de esquerda de que o País precisa, devolvendo aos trabalhadores e ao povo os rendimentos que lhe foram roubados, dinamizando o investimento e a produção nacional.